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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Para quem não leu... (continuação)


Intimidade pode ser traiçoeira

Temas polêmicos, fotos sensuais, desabafos no Facebook e curtidas que denunciam posição política. Se por um lado é difícil resistir à tentação, por outro as companhias e os profissionais que trabalham com recrutamento estão de olho nas redes sociais. O consultor de empresas Luís Othon, da Prima Consultoria, acredita que uma espiada na timeline dos candidatos não é decisiva, mas influencia numa seleção.
“Ao recrutar alguém precisamos tomar muito cuidado com as informações do currículo porque ocorrem exageros. É comum tanto no período de atividade como nos cargos anteriores. Ás vezes dá para descobrir pelo Facebook”, sugere. Luís Othon ainda usa outra tática para conhecer melhor seus candidatos: procurar amigos em comum e telefonar.
A prática está dentro da lei na opinião da advogada Karla Ferreira, sócia do escritório de advocacia Urbano Vitalino, onde é responsável pelas causas trabalhistas. Ela acredita que até depois da contratação as ações no Facebook podem dar às empresas o direito de intervir e penalizar.
“Precisamos fazer uma análise por analogia ao que está previsto no artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho. Uma professora de um colégio que coloca fotos erotizadas nas redes sociais pode ser demitida por justa causa com base na alínea B, que trata de incontinência de conduta ou mau procedimento”, explica.
O indicado, segundo ela, é que a postura esperada no meio digital fique clara no ato da contratação e por meio do regulamento da empresa. No caso de uma pisada na bola, não vale alegar invasão de privacidade: “Se você escreveu algo em modo público e o chefe viu, foi opção sua”.
Matéria completa na versão impressa do Diário de Pernambuco, no caderno de Informática, na página B8, de 11/09/2013.